Lua em conjunção a Marte
Amigaaaaaaa,
Socorro, estou chegando da balada agora. Resolvi sair com o gatinho que conheci no posto de gasolina aquele dia, lembra? O soldado? Então, eu falei que queria dançar, ele disse que não curtia muito, aí, fomos pra um barzinho e o papo estava ótimo. Super sintonia, falamos de tudo que você possa imaginar: cinema, política, futebol, filhos… Uma delícia conversar com ele. Pensando aqui que, talvez, o meu nível de exigência estivesse um pouco mais baixo ontem, porque né, ele falava e eu só olhava para aqueles braços fortes, aquele abdominal… Ai, amiga, aquele abdominal… E ele estava com uma camiseta mais certinha no corpo, não justa, mas dava pra ver as curvinhas. Ele parecia tão inteligente, mesmo falando de crossfit, ai, ai…
E a conversa foi rendendo, rendendo… Aí, ele me chamou pra terminar a noite na casa dele. Eu fui, né? Não me arrumei toda à toa, hahaha.
Aí, a gente chegou, eu sentei no sofá e ele sentou na poltrona, do outro lado. Achei estranho, né? Aí, pegou um violão e começou a tocar. E eu ok, uma música pra quebrar o gelo, pensei. E tocou, e tocou, e tocou… e eu bocejei. Aí ele falou: ah, você está ficando cansada, o que acha da gente ir para o quarto? Eu já me animei de novo. Aí, a gente tava lá, uns beijos aqui, tira a roupa dali, ele me joga na cama, vem com aquele corpão pra cima de mim e… dorme! Amiga, ele dormiu! Ele dormiu! DOR – MIU, de roncar! Você acredita? Eu me vesti, peguei minhas coisas e voltei pra casa. Ele nem se mexeu. E, agora, eu tô aqui, rindo sozinha. Precisava contar isso pra alguém, nem que fosse por uma carta. Mais tarde vou aí, pra gente conversar.
Agora vou dormir, amiga. Sozinha.
Bjs
Fran