A Conexão entre Mundos: A Jornada de La Bruja

A Floresta do Monte Cabezón

Na manhã de 12 de agosto de 2026, Protéa, a sacerdotisa, observa o céu através de sua janela circular. Algo em suas mandalas parece incorreto. Mais cedo, ouviu-se o som de uma pedra rolando pelo despenhadeiro, um sinal claro de um “assentamento de tempo“. O ar sofre de um tipo de paralisia; não há vento, mas as folhas das árvores farfalham estranhamente, como se estivessem se comunicando.

Protéa conhece os sinais. “Nenhuma pedra rola por acaso”, e a que rolou esta manhã bloqueou o já escasso filete d’água no fundo do precipício. Ela sabe que a combinação de oráculos e a magnitude dos planetas envolvidos no eclipse que se aproxima sugerem que algo maligno ganhará força. O tempo, para ela, não existe como o conhecemos. No entanto, sua função está ancorada na Terra, e suas habilidades são restritas. Às vezes, como agora, “é possível prever somente o sintoma, não a causa”.

O ar adensa-se, inundado por uma “bruma fétida”. De volta ao caldeirão, ela entoa cantos antigos para adormecer a mata, repetindo para si mesma como um mantra: “Sempre que entrar nas profundezas, pense nas alturas”.

Imagens de referência para a floresta – fonte: Pinterest

O Jardim Botânico

Ao mesmo tempo, a milhares de quilômetros de distância, uma adolescente chamada Catarina caminha por sua rota preferida no Jardim Botânico. Ela se demora a observar as sequoias, os seres vivos mais antigos do planeta. Suas raízes pouco profundas se espalham e se entrelaçam, formando uma “rede intrincada de cooperação mútua”. É ali, nesse emaranhado, que há algum tempo Catarina tem vislumbrado o que ela chama de loba: uma “criatura cinza, etérea e esquálida” que aparece em sua visão periférica.

Imagens de referência para o Jardim Botânico – fonte: Pinterest

A presença da loba é sentida no corpo, “como uma pressão na caixa torácica, mas disforme, sem palavras que possam descrevê-lo”. Catarina se sente como aquela “raiz desgarrada de sequoia”, que se afasta da rede sem que as outras reparem. De repente, um ruído que parece vir de dentro da fonte soa como o “desprender de uma pedra que rola descendo as paredes de um precipício”. Alguém sussurra seu nome, e a loba se agita.

Imagens de referência para a Loba – fonte: Pinterest

É hora de voltar para casa. A noite chegará mais cedo, hoje. Mas o caminho está inexplicavelmente vazio. Próximo à cerca da mata preservada, os animais caminham ao lado dela, quase mimetizando suas atitudes. Uma sombra se move em espiral junto com ela. De repente, um par de olhos cor de âmbar a encara a milímetros de seu rosto. Ela corre, e na saída do parque, encontra uma placa que nunca tinha visto: “Sempre que entrar nas profundezas, pense nas alturas”.

O Fio Invisível que Une os Mundos

Dois mundos, duas mulheres, um único instante. Uma sacerdotisa em uma dimensão atemporal e uma adolescente em nosso tempo, ambas sentindo os mesmos sinais, o mesmo tremor na teia da existência. A sabedoria ancestral de La Bruja nos ensina que “tudo o que existe, existe a partir do seu duplo”. A floresta e o parque, a bruxa e a menina, são reflexos um do outro, partes de uma mesma alma que o eclipse está prestes a fraturar.

Imagem de referência para o abismo que separa as duas – fonte: Pinterest

O que é o fio invisível que conecta estas duas vidas? A resposta está escrita no céu.

Um Convite à Criação: Astrologia como Linguagem e Oráculo

Este projeto é um resgate da “arte de contar histórias a partir do céu”. Aqui, a astrologia não é um tema, mas um idioma ancestral, uma linguagem que nos permite traduzir a dramaturgia celeste em narrativa. As civilizações antigas sabiam que os mitos não são meras fábulas, mas registros cifrados de eventos astronômicos, e que o céu é um livro vivo, cujas páginas se renovam a cada ciclo.

Ao acompanhar a construção de La Bruja, você não irá apenas memorizar símbolos; você irá testemunhar a transmutação do céu em enredo. Em vez de um curso tradicional, este espaço oferece uma imersão na poética astrológica: você verá como um mapa astral, esse “registro mnemônico da memória do mundo”, se desdobra para revelar a imagem central que guia a vida de uma personagem.

Mais do que isso, este livro é um oráculo em construção. Como ensina a tradição, “ler um oráculo equivale a fabricar um mundo com palavras”. Ao se tornar um assinante, você não apenas colabora para a concretização desta obra, mas participa ativamente dessa “fabricação”. Você terá acesso a um espaço exclusivo onde poderá acompanhar o processo de “desembaraçar os fios da tecedura das Moiras” e ver como, ao recriar a sorte de uma personagem, “reinventa-se o mundo. Cura-se o mundo”.

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Este conteúdo faz parte do universo La Bruja. É destinado a uso pessoal e não pode ser reproduzido sem autorização. A partir da quinta publicação, apenas assinantes terão acesso exclusivo.

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