O Eclipse que Anunciou um evento trágico: Análise Astrológica do Voo 2283

Como o céu alertou sobre o risco — e por que outros aviões não caíram

Os Eclipses e a Astrologia Mundana

Na astrologia mundana, o ramo da arte que se dedica ao estudo dos acontecimentos do mundo, os eclipses são considerados eventos celestes de profundo significado. Vistos como potentes presságios, eles têm a capacidade de prenunciar grandes eventos, crises e transformações, com seus efeitos sendo mais pronunciados nas regiões do globo onde a sua sombra é projetada. A tese central que defendo neste artigo é demonstrar, com base nos princípios da astrologia tradicional, a conexão direta e verificável entre o eclipse anular do Sol, um tipo de eclipse total, que foi visível no Brasil em 14 de outubro de 2023, e o trágico acidente com o voo 2283 da Voepass, ocorrido em 9 de agosto de 2024.

A análise que se segue parte de um axioma fundamental da tradição astrológica: Em astrologia, luz significa vida e quando as luzes se apagam, os efeitos podem ser dramáticos.

Citação: Em astrologia, luz significa vida. Quando as luzes se apagam, os efeitos podem ser dramáticos

É a partir dessa premissa que desvendaremos a cadeia de significados que conecta o obscurecimento do Sol à queda da aeronave. Iniciaremos, portanto, pela análise detalhada do mapa do próprio eclipse, o presságio original.

O Presságio Celeste: Análise do Mapa do Eclipse de 14 de Outubro de 2023

A análise do mapa astral erigido para o momento exato de um eclipse é de importância estratégica. Este mapa funciona como o presságio fundamental, um selo celeste que contém as sementes simbólicas dos eventos que ele irá significar. É nele que encontramos os primeiros indícios da natureza dos acontecimentos por vir, sua qualidade e os domínios da vida que serão afetados.

Mapa astrológico do eclipse solar de 14 de outubro de 2023 mostrando Casa 8 em Libra

O eclipse solar ocorreu aos 21 graus do signo de Libra, dentro da 8ª casa do mapa calculado para Brasília, a capital do Brasil. Na doutrina astrológica, a casa 8 é um dos setores mais sombrios do mapa, tradicionalmente associada a domínios de angústias, de perdas e de risco à vida. A sua natureza, crítica por si só, já sinaliza um período de grande tensão.

A gravidade do presságio é amplificada pela conjunção do eclipse com uma estrela fixa de natureza notoriamente desafiadora. O Sol e a Lua, no momento do eclipse, estavam conjuntos à estrela FORAMEN (eta Carina), parte da quilha do mítico navio Argo. A tradição atribui a esta estrela o significado de perigo de naufrágio. (Aqui faço um parêntese para lembrar que o deslocamento aéreo também é chamado de navegação.)

Destaque: A estrutura do eclipse já continha o presságio

Recorrendo aos ensinamentos de autoridades clássicas como Rhetorius, o egípcio, a interpretação se aprofunda. Um eclipse que ocorre em um signo do elemento ar, como Libra, indica danos a coisas aladas. Sendo Libra também um signo humano, o prognóstico se estende, causando dano também a pessoas. Para identificar a natureza específica do que será afetado, a técnica tradicional direciona o olhar para o regente da face (ou decanato), uma das três subdivisões de dez graus de cada signo, onde o eclipse ocorre.

Os Regentes Planetários do Eclipse

  • Júpiter, como regente da face do 21° grau de Libra, direciona para a natureza dos danos. Posicionado em Touro, na 3ª casa, o planeta aponta diretamente para o tema das viagens (uma significação jupiteriana) de curta distância, que é o domínio da casa 3.
  • Vênus assume um papel crucial, pois rege tanto o signo do eclipse (Libra) quanto o signo onde Júpiter se encontra (Touro). Sua condição no mapa é, portanto, de extrema importância para o julgamento.
    Vênus encontrava-se severamente debilitada, EM QUEDA, na casa 7, no quinto grau de Virgem. E não apenas isso: estava abaixo da linha do horizonte, na casa e nos termos de um Mercúrio combusto e eclipsado, e na face de um Sol em queda e eclipsado na via combusta.
    Em questões sobre viagens, a casa 7 representa o destino da viagem. A debilidade múltipla e avassaladora do regente do destino da viagem, em um mapa de eclipse que já aponta para perigo de naufrágio e danos a coisas aladas, é um testemunho astrológico de grande peso.
Destaque técnico - Citação: "A debilidade do regente do destino da viagem 
selou o prognóstico como funesto."

Com a natureza da calamidade escrita na própria estrutura do eclipse, as únicas questões que restavam eram quando e como este julgamento seria executado.

O Gatilho: A Ativação dos Efeitos do Eclipse

Um presságio astrológico, por mais poderoso que seja, não se manifesta de forma aleatória. A tradição ensina que o potencial contido em um mapa de eclipse permanece latente até que seja despertado por um gatilho celeste específico. Esta seção detalha a mecânica de tempo e os eventos astrais que destravaram o potencial ominoso do eclipse de outubro de 2023, levando à sua manifestação concreta.

O princípio da duração e ativação dos eclipses é claramente delineado pelo astrólogo clássico Ptolomeu. Em sua obra, ele instrui que a chave para prever o momento dos eventos está nos movimentos planetários subsequentes:

“O começo de atenuações e intensificações particulares do evento, deduzimos das conjunções que ocorrem neste meio tempo, se elas ocorrem nas regiões importantes ou em aspecto a elas, e também pelo movimento dos planetas.”

Seguindo outra regra ptolomaica, que correlaciona a duração do eclipse em horas à duração de seus efeitos em anos, calculei que a janela de tempo para a manifestação dos eventos seria entre julho de 2024 e fevereiro de 2025.

Dentro desta janela, o evento de ativação específico foi a lunação (lua nova) de 4 de agosto de 2024. A análise deste mapa revelou os gatilhos:

Mapa astrológico da lunação de Leão em 4 de agosto de 2024, na casa 12.
  • A lua nova ocorreu aos 12 graus de Leão, na 12ª casa. Esta não é uma casa escura, como se pensa; ao contrário, é uma casa de excesso de luz, pois é onde o Sol nasce todos os dias. E é justamente por esse excesso de claridade que não conseguimos enxergar o que se passa lá dentro.
  • O ponto crucial foi o aspecto tenso de quadratura que esta lunação formou com a posição de Júpiter no mapa original do eclipse. Júpiter, como vimos, era um dos regentes chave do eclipse, significando viagens. A quadratura da lua nova ativou essa promessa.
Mapa do eclipse de outubro de 2023 com sobreposição do mapa da lunação evidenciando a quadratura entre sol e lua da lunação com Júpiter do eclipse
  • Um gatilho secundário ocorreu apenas um dia depois: Mercúrio, que também estava conjunto ao eclipse original, estacionou retrógrado muito próximo à posição de Vênus do mapa do eclipse. Este movimento de Mercúrio, um planeta ligado a transportes, serviu para intensificar a ativação.

Com o gatilho celestial disparado, a promessa do eclipse estava pronta para se manifestar.

O foco da minha análise se volta, então, para o dia do próprio acidente, examinando o mapa do momento exato em que a viagem teve início.

A Viagem Fatídica: Julgamento do Mapa da Decolagem

A análise astrológica agora se volta para o momento decisivo: o início da viagem. Para o julgamento do mapa da decolagem, aplico a metodologia rigorosa estabelecida por William Lilly em sua obra seminal, Christian Astrology, para a análise de viagens de navio. Este mapa, erguido para as 11h58, horário local de Cascavel, Paraná, em 9 de agosto de 2024, contém os testemunhos celestes sobre o desenrolar da jornada.

Mapa astrológico da decolagem do voo 2283 em Cascavel, Paraná, no dia 09 de agosto de 2024 às 11h58.

Seguindo a metodologia de Lilly, identifico os significadores-chave:

  • A Aeronave (O Navio) é representada pelo signo Ascendente e pela Lua. O mapa mostra o Ascendente em Escorpião, e a Lua em uma posição extremamente perigosa: a 14 graus de Libra, na maléfica 12ª casa. A Lua estava conjunta à estrela fixa ALGORAB, cujo significado, segundo Elsbeth Ebertin, inclui “acidentes ou ferimentos difíceis de evitar”. Agravando a situação, a Lua estava prestes a entrar na via combusta, um trecho do zodíaco considerado de extrema aflição.
  • Os Passageiros e a Tripulação são representados por Marte, o regente do Ascendente. A posição de Marte é alarmante: ele se encontra no grau 13 de Gêmeos, na 8ª casa, o domínio do risco à vida.

O destino da viagem foi selado por um aspecto crítico. Uma tensa quadratura se formava entre Marte (representando os passageiros) e Saturno no 18º grau de Peixes, regente da 4ª casa (significadora do fim das coisas). A interpretação de Lilly para tal configuração é inequívoca: “pode -se julgar o navio perdido e os homens afogados[…]”

E ainda:

"[…] mas se se encontrarem os maléficos nos ângulos ou em casas sucedentes, deparar-se-á algum obstáculo ao navio, e este dar-se-á na parte representada pelo signo em que se encontra o maléfico; mas, se o maléfico for Saturno o navio despedaçar-se-á, ou será abalroado, ou encalhará, e os homens afogar-se-ão;"

O simbolismo astrológico encontra um eco direto no evento físico. Saturno, posicionado no signo de Peixes, indica danos aos remos de um navio. Por associação, os remos de um avião seriam seus motores e asas.

A quadratura com Saturno apontava, portanto, para um dano a essas partes. Essa interpretação é chocante ao ser comparada ao relatório preliminar do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que aponta formação de gelo como linha de investigação.

Como a tradição nos ensina, Saturno é um planeta extremamente frio. Além disso, o signo de Peixes, do elemento água, sugere umidade intensa e lugares perto da água; além de encontrar condições de extrema umidade, o que favoreceu a formação de gelo, a aeronave caiu em um condomínio na cidade de Vinhedo, ao lado de uma piscina.

Destaque simbólico: Citação - O simbolismo astrológico e a causa física 
se encontraram com precisão impressionante.

Mesmo o significador do comandante, o Sol em Leão na 10ª casa, embora dignificado (indicando um piloto hábil), não escapa das aflições. Ele estava conjunto à estrela fixa ALTERF, que também carrega a significação de obstáculos aos viajantes.

A Síntese do Destino: Sobrepondo os Mapas do Eclipse e do Acidente

O passo final da análise consiste em sobrepor o mapa da decolagem sobre o mapa do eclipse de outubro de 2023. Esta técnica revela as sincronicidades surpreendentes e inegáveis que comprovam a ligação direta entre o presságio e o evento, mostrando como a tragédia foi uma manifestação das promessas contidas no céu quase dez meses antes.

Mapa astrológico do acidente sobreposto ao mapa astrológico do eclipse, indicando o retorno da Vênus.

As conexões mais impactantes reveladas por essa sobreposição são:

  1. O Retorno de Vênus: A Vênus no mapa da decolagem estava em conjunção exata com a Vênus do mapa do eclipse, ambas no 5º grau de Virgem. A importância deste fato não pode ser subestimada, pois Vênus é uma regente primária do eclipse, governando tanto o signo onde ele ocorreu (Libra) quanto o signo onde estava Júpiter (Touro). O acidente ocorre, simbolicamente, no retorno de Vênus, o retorno de um dos principais planetas que governavam o presságio.
  2. A Conjunção Oculta (Antíscia): Um dos testemunhos mais sutis e poderosos é o aspecto oculto entre o Sol do mapa da decolagem (significador do comandante) e o Júpiter do mapa do eclipse (regente da face do eclipse). Este aspecto, conhecido como antíscia, funciona como uma conjunção secreta. É um ponto de simpatia oculta, um reflexo sombrio que carrega toda a força do próprio planeta, cumprindo a condição de Ptolomeu de que os eventos de um eclipse são marcados por conjunções aos pontos sensíveis do mapa original.

A correlação entre o tempo astrológico e o tempo factual, conforme o relatório preliminar do CENIPA, é impressionante. A Lua, significadora da aeronave, entrou na perigosa Via Combusta às 13h05 (16h05 UTC). A queda ocorreu aproximadamente 15 minutos depois. A sequência de alertas registrada na cabine – CRUISE SPEED LOW (16h18min41s UTC), DEGRADED PERFORMANCE (16h19min28s UTC) e INCREASE SPEED (16h20min57s UTC) – pode ser vista como a manifestação física, em tempo real, das aflições astrológicas que se desdobravam e sobrepujavam a aeronave.

A Lógica Inexorável do Cosmos

Ao percorrer a cadeia de evidências astrológicas, desde o presságio inicial até a sua trágica concretização, emerge um quadro de coerência inexorável. Minha análise demonstrou como o eclipse solar de outubro de 2023 continha a semente simbólica da catástrofe: sua ocorrência na 8ª casa (risco à vida) e a conjunção com a estrela FORAMEN (perigo de naufrágio) definiram a natureza do evento.

A doutrina de Rhetorius, ao apontar para danos a coisas aladas e pessoas, confirmou o contexto. Os regentes do eclipse deram a especificidade: Júpiter na 3ª casa designou o tema das viagens curtas, enquanto uma Vênus multiplamente aflita selou o destino da viagem como funesto.

Vimos como este potencial latente foi ativado na data prevista pela Lua nova em Leão, que formou um aspecto tenso com o Júpiter do eclipse. Finalmente, o mapa da decolagem confirmou o destino, com a Lua aflita na 12ª casa, Marte na 8ª e a fatídica quadratura entre Marte (os viajantes) e Saturno (o fim das coisas) decretando o obstáculo fatal.

Do ponto de vista da astrologia mundana tradicional, o acidente com o voo 2283 da Voepass não foi uma tragédia aleatória. Foi um evento claramente significado nos céus, um desdobramento lógico de uma promessa celeste feita meses antes.

Este caso serve como um poderoso exemplo da capacidade preditiva e da profunda lógica simbólica da astrologia tradicional, oferecendo um método robusto e testado pelo tempo para a compreensão dos grandes acontecimentos que moldam o nosso mundo.

No entanto, a filosofia astrológica tradicional também sustenta um axioma crucial: o céu inclina, mas não determina (astra inclinant, non determinam). Para que essa predisposição cósmica se manifestasse como uma catástrofe com perdas múltiplas, era imperativo que o risco celestial convergisse com uma cadeia de deficiências críticas no plano terrestre, onde a vulnerabilidade da aeronave e a falha em quebrar os elos dessa corrente de erros transformaram o potencial de crise em um desfecho irreversível.

Portanto, a investigação dos fatores contribuintes do acidente do Voo 2283 é a prova da manifestação daquele destino, onde a predisposição do céu encontrou a predisposição do homem e do sistema.

A Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

A aviação civil, representada no Brasil pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) e seu órgão central, o CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), trabalha sob princípios estritos e internacionais.

1. A Finalidade Exclusiva da Investigação

A única finalidade da Investigação SIPAER é a prevenção de acidentes e incidentes futuros, através da identificação dos possíveis fatores contribuintes e da emissão de Recomendações de Segurança.

É expressamente previsto que o propósito do SIPAER não é atribuir culpa ou responsabilidade no âmbito administrativo, civil ou penal. O uso de informações de investigação em processos judiciais pode prejudicar a prestação jurisdicional e gerar efeitos adversos para a prevenção, quebrando a confiança na isenção das investigações.

2. O Conceito de Cadeia de Erros

Um acidente aeronáutico, especialmente um acidente complexo, nunca ocorre por um fator isolado. Ele é sempre o resultado de uma cadeia de eventos (fatores contribuintes) que se alinham. Um Fator Contribuinte é definido como uma ação, omissão, evento, condição, ou a combinação destes, que, se fossem eliminados, evitados ou ausentes, poderiam ter reduzido a probabilidade da ocorrência ou mitigado a severidade das consequências.

A investigação do SIPAER é estruturada para analisar sistematicamente a ocorrência em três áreas principais:

  1. Fator Humano: Relacionado ao complexo biopsicossocial do ser humano, incluindo aspectos médicos, psicológicos, e de desempenho técnico.
  2. Fator Material: Relacionado às condições de aeronavegabilidade, projeto, fabricação e manuseio do material.
  3. Fator Operacional: Relacionado ao desempenho técnico humano, à infraestrutura aeroportuária, infraestrutura de tráfego aéreo e o ambiente operacional.
Infográfico: Conceito da cadeia de erros. Se qualquer elo for quebrado, o acidente é evitado ou mitigado.

Essa cadeia de eventos se une como uma corrente, e se algum dos elos dessa corrente for quebrado, o evento final é evitado, ou suas consequências são mitigadas.

A Convergência Fatal: Por Que os Outros Aviões Não Caíram?

Destaque: Por que outros aviões não caíram?

O trágico desdobramento do Voo 2283 reside no fato de que ele reuniu simultaneamente vários fatores contribuintes (o alinhamento dos elos da corrente) que, isoladamente, não teriam sido fatais.

Outros aviões que voaram no mesmo dia e horário, em cidades próximas, não caíram porque, para eles, pelo menos um desses elos cruciais estava ausente ou foi quebrado por uma ação corretiva bem-sucedida.

O acidente não foi um evento aleatório, mas foram as falhas no plano terrestre que permitiram que a tragédia se concretizasse.

A seguir, estão os fatos que se sucederam no Voo 2283, e que, em conjunto, criaram a condição ideal para a catástrofe, diferenciando-o, muito provavelmente, dos voos bem-sucedidos:

  1. Falha de Manutenção Crítica e Pressão Humana (Fator Material e Humano): Uma reportagem recente aponta que uma falha crítica no sistema de degelo da aeronave foi omitida do diário de bordo horas antes da decolagem fatal. O funcionário da manutenção admitiu estar sentindo um “remorso desgraçado” por não ter registrado a falha por escrito. Um comandante entrevistado que conhecia a aeronave afirmou que o avião “não estava adequado para voar nas condições de gelo” e era conhecido por ter “problemas crônicos”.
  2. Debilidade Material Pré-existente: A aeronave já voava com o Pack 1 inoperante desde 5 de agosto de 2024, o que, embora permitido pela Lista de Equipamentos Mínimos (MEL), impunha a limitação de voo ao Nível 170 (FL170) e indicava que o motor esquerdo (que sangra o ar para o Pack 1) teria um aumento de torque.
  3. Ambiente Severo: A aeronave decolou de Cascavel/PR e encontrou condições de Formação de Gelo Severa (SEV ICE) na camada entre o FL120 e o FL230, causada pela combinação de muita umidade e temperatura do ar muito abaixo de 0°C. Essa condição foi alertada por mensagens SIGMET.
  4. Restrição Operacional: A aeronave, já no limite de altitude imposto pelo MEL (FL170) e dentro da camada de FGA severa, foi restrita pelo Controle de Aproximação (APP-SP) a manter o FL170 devido a outros tráfegos (GLO1455 e TAM3230). Isso impediu a descida imediata para fora das condições de gelo severo, mantendo a aeronave em risco.
  5. Sobrecarga e Distração: Durante a fase crítica de voo em condições de gelo, a tripulação estava ocupada com coordenações via rádio (APP-SP) e contato com o despachante operacional, além de receber uma chamada da comissária.
  6. Desempenho Degradado e Reação Lenta: O acúmulo de gelo degradou o desempenho da aeronave, fazendo com que a velocidade caísse abaixo do limite crítico. A tripulação recebeu os alertas sequenciais do APM (Aircraft Performance Monitoring): CRUISE SPEED LOW, seguido por DEGRADED PERFORMANCE e, por fim, INCREASE SPEED. A aeronave perdeu sustentação, entrando em perda de controle em voo (LOC-I). O sistema de degelo, que foi acionado três vezes, falhou em evitar essa perda de sustentação.
Infográfico: Por que outros aviões não caíram - conceito de cadeia de erros
  • Se o sistema de degelo tivesse sido totalmente funcional e relatado corretamente;
  • ou se o controle de tráfego aéreo tivesse autorizado a descida imediatamente;
  • ou se a tripulação tivesse interrompido a comunicação externa para focar no gerenciamento da velocidade ao receber o primeiro alerta (CRUISE SPEED LOW); A cadeia teria sido quebrada, e a aeronave teria chegado ao seu destino.

A falha na manutenção foi o primeiro elo de vulnerabilidade que tornou a aeronave suscetível às aflições do céu.

O Estudo como Metáfora Astrológica

Citação: O céu inclina mas não determina - axioma astrológico

1. A Predisposição Celeste (A Inclinação)

O artigo de análise astrológica demonstra que o céu forneceu uma promessa simbólica de catástrofe meses antes do evento.
Essa “promessa” celestial era uma predisposição que pairava sobre a região e sobre o tema das viagens. No entanto, para que essa inclinação se manifestasse de forma destrutiva, era necessário que um alinhamento terrestre acontecesse.

2. A Predisposição Humana (O Determinante)

Para que a inclinação celeste se manifestasse como um acidente real, foi necessário que a predisposição terrestre estivesse em seu ponto de maior vulnerabilidade. O potencial de dano a coisas aladas manifestou-se porque a aeronave não tinha a integridade (material e operacional) para suportar a condição severa prevista. A quebra da confiança, o voo sob pressão e a omissão de uma falha material criaram o cenário ideal para que o potencial do eclipse se concretizasse.

O fato de outros aviões não terem caído demonstra que a condição daquele que será afetado pode mitigar os danos ou até mudar drasticamente os efeitos do que foi previsto.

Se a tripulação e a aeronave estivessem em seu melhor estado de defesa (sistemas de degelo operacionais, sem pressões para ignorar falhas), a inclinação do eclipse e dos trânsitos poderia ter se manifestado como um incidente grave (por exemplo, um pouso de emergência com susto), mas não necessariamente como uma catástrofe com perda total.

A astrologia pode alertar sobre o risco iminente, mas é a condição do sistema — seja um avião (material/operacional), seja um corpo (saúde/hábitos) ou uma carreira (preparo/ética) — que determina se a colisão entre a promessa celeste e a realidade física será fatal ou apenas um obstáculo a ser superado.

Destaque: Aplicação à sua vida. Se um avião só cai quando TODOS os sistemas falham,
sua vida só entra em crise quando você ignora 
TODOS os alertas.

NOTA DA AUTORA

Este estudo representa mais do que uma análise isolada de um acidente aéreo. Ele é o ponto de partida de uma investigação mais ampla sobre a natureza da previsão astrológica e o papel da consciência humana diante do destino.

A pergunta que me levou além deste caso foi feita por João Acuio, professor da Saturnália: Por que outros aviões não caíram sob as mesmas condições celestes?

A resposta a essa questão revelou algo fundamental: o céu alerta sobre inclinações e vulnerabilidades, mas a manifestação de um evento previsto depende de uma confluência específica — o que chamo de solo fértil. No caso do Voo 2283, esse solo foi a cadeia de falhas materiais, operacionais e humanas documentada pelo CENIPA.

Como ex-comissária de bordo que voou por 10 anos e viveu de perto a tensão entre risco e prevenção na aviação, encontrei na investigação aeronáutica a metáfora perfeita para compreender a astrologia: ambas lidam com o mesmo desafio – como antecipar o perigo e quebrar a cadeia antes da catástrofe.

O LIVRO

Estou desenvolvendo uma obra que expande esta metodologia para outros casos documentados de acidentes aéreos e, principalmente, traduz esses princípios para aplicação prática na vida pessoal.

O objetivo não é apenas prever, mas prevenir.
Não é criar medo do destino, mas oferecer lucidez para navegar períodos difíceis com consciência.

Se você é astrólogo(a) e se interessou pela abordagem técnica apresentada aqui, o livro aprofundará a metodologia preditiva tradicional com casos reais verificáveis.

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Edna Froes
Astróloga Tradicional | Ex-Comissária de Bordo
Outubro de 2025

P.S.: Se você leu este estudo e tem dúvidas, comentários ou casos que gostaria de ver analisados, deixe sua mensagem abaixo ou entre em contato. O diálogo com leitores é fundamental para refinar esta pesquisa.

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